PCB comemora 96 anos e mantêm os mesmos ideais desde a fundação

“Se a história do PCB foi marcada por uma sistemática repressão, que o compeliu à clandestinidade por mais da metade de sua existência e que entregou ao povo brasileiro boa parte de seus maiores heróis do século XX, nem por isto o PCB foi um partido marginal”, afirma a nota do PCB.

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Os trabalhadores que fundaram o PCB em 25 de março de 1922, na então capital do Estado do Rio, Niterói

O Partido Comunista Brasileiro (PCB) celebra os 96 anos de vida do Partidão, como a legenda ficou conhecida ao longo de sua trajetória, na História brasileira. Em nota, a legenda publicou um longo manifesto, no qual encerra com a máxima: “Pelo poder popular, rumo ao socialismo. Fomos, somos e seremos comunistas!

O PCB foi fundado em 25 de março de 1922 e é parte indissolúvel da história do Brasil. “Se, na sua gênese, convergiram os ideais libertários do nascente proletariado, no seu desenvolvimento e consolidação foram sintetizados os processos de maturação de uma organização política que buscava (e o faz até hoje) conjugar em suas fileiras os mais destacados militantes das lutas dos trabalhadores e representantes da intelectualidade e da cultura brasileira”, afirma o texto.

“Se a história do PCB foi marcada por uma sistemática repressão, que o compeliu à clandestinidade por mais da metade de sua existência e que entregou ao povo brasileiro boa parte de seus maiores heróis do século XX, nem por isto o PCB foi um partido marginal”, acrescenta.

Divisão

“Ao contrário: da década de 1920 aos dias atuais, os comunistas, com seus acertos e erros, mas especialmente com sua profunda ligação aos interesses históricos das massas trabalhadoras brasileiras, participaram ativamente da dinâmica social, política e cultural do país. Por isso mesmo, resgatar a história do PCB é recuperar a memória de um Brasil insurgente, ao mesmo tempo premido pelas imposições do modo de produção capitalista e do imperialismo, para comprovar que só pode fazer futuro quem tem lastro no passado”, diz o manifesto.

Apesar dos esforços, disseram os dirigentes e signatários do documento, “uma crise velada atingia o conjunto partidário, expressa na estagnação do contingente de militantes, na perda de inserção no movimento sindical, na pobreza dos resultados eleitorais e na ineficiência dos instrumentos partidários, como o semanário Voz da Unidade e todas as publicações da Editora Novos Rumos, que em grande parte não eram legitimados pela militância”.

“A crise explode no X Congresso extraordinário (em janeiro de 1992, em São Paulo), montado com o único intuito de, finalmente, levar a cabo as propostas liquidacionistas. O embate se deu entre uma maioria numérica forjada, da qual participavam não filiados ao PCB e membros de outros partidos, e os militantes do Movimento Nacional em Defesa do PCB, isto é, entre os que sairiam, em seguida, para criar o Partido Popular Socialista – PPS (hoje claramente um partido da direita) e aqueles que reclamavam a continuidade do PCB”, lembra o documento.

Esquerda

Ainda assim, apesar dos obstáculos, a legenda promete seguir adiante:

“No quadro atual de grande retrocesso político e social (…) a hora é de seguir firme na resistência e na organização de todo o povo, num amplo movimento de lutas e embates contra o capital. O recrudescimento das ações fascistas, expresso recentemente no covarde assassinato da Vereadora Marielle Franco do PSOL RJ, impõe ainda mais a necessidade da unidade e da mobilização permanente das organizações populares, progressistas e de esquerda, para que esta conjuntura hoje adversa à classe trabalhadora seja superada o quanto antes, abrindo caminho para um novo ciclo político e social no Brasil, em que possamos sonhar e construir de fato uma outra realidade”, conclui.

Do CdB

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