Raúl também comentou o fim da participação de Cuba no programa Mais Médicos e afirmou que novo governo do Brasil serve a interesses da ultradireita da Flórida.
Do Opera Mundi
O ex-presidente de Cuba Raúl Castro disse, durante discurso em comemoração aos 60 anos da Revolução Cubana – completados nesta terça-feira (01/01) –que o país, depois de seis décadas, é livre, independente e dono do seu destino.
“Após 60 anos de lutas, sacrifícios, esforços e vitórias, vemos um país livre, independente e dono de seu destino. Ao imaginar o amanhã, a obra realizada nos permite vislumbrar um porvir digno e próspero para a pátria”, afirmou.
O evento aconteceu no Cemitério de Santa Ifigênia, onde se encontram os mausoléus de líderes revolucionários como Fidel Castro, José Martí e outros. O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, que sucedeu a Raúl, também estava presente.
“O povo heroico de ontem e hoje, orgulhoso de sua história, comprometido com seus ideais e a obra da Revolução, soube resistir e vencer nas seis décadas ininterruptas defendendo o socialismo”, disse Raúl. “A autoridade política e moral de Cuba está sustentada na história”.
Brasil
Raúl também comentou o fim da participação de Cuba no programa Mais Médicos, do qual Havana se retirou por não concordar com as exigências do hoje presidente brasileiro Jair Bolsonaro.
“Há poucas semanas, retornaram dignamente, com o reconhecimento e o carinho de milhões de pacientes, sobretudo os em zonas rurais e populações indígenas, milhares de médicos cubanos que prestaram serviços no Brasil, a quem o novo presidente caluniou e repudiou, com o propósito de destruir esse programa social e, assim, cumprir as orientações da ultradireita da Flórida, que sequestrou a política dos EUA com Cuba para o beneplácito das forças mais reacionárias do atual governo norte-americano”, afirmou.
O ex-presidente cubano também pediu que se cessem o que classificou como “ataques” às ex-presidentes Dilma Rousseff, do Brasil, e Cristina Kirchner, da Argentina.
“Promoveram processos judiciais arranjados e motivados politicamente, assim como campanhas de manipulação e descrédito contra dirigentes e organizações de esquerda, fazendo uso do controle monopólico sobre os meios de difusão massiva. Desta forma, conseguiram encarcerar o companheiro Lula da Silva e o privaram do direito de ser candidato presidencial do Partido dos Trabalhadores, para evitar sua vitória segura nas últimas eleições. Aproveito a ocasião para fazer um chamamento a todas as forças políticas honestas do planeta para pedir sua liberação e que cessem os ataques e a perseguição judicial contra as ex-presidentes Dilma Rousseff e Cristina Fernandéz de Kirchner”.