
Os R$ 3 bilhões liberados pelo presidente Jair Bolsonaro às vésperas da votação do 2º turno da reforma da previdência fizeram efeito e deputados da base governista concluíram na noite desta quarta-feira (7) a sujeira iniciada em julho.
Apesar dos esforços dos partidos de oposição, em particular PT, PSOL e PCdoB, todos os cortes nos direitos dos trabalhadores foram mantidos. Medida agora vai para o Senado. Bolsonaro já prepara novamente os cofres públicos. Desta vez, para agraciar os senadores.
Destaques derrubados
Na votação desta quarta-feira, a oposição tentou manter direitos dos trabalhadores, através da votação de oito destaques. Os R$ 3 bilhões falaram mais alto e governo ganhou todas. Veja:
- Abono salarial do PIS/PASEP. O PSOL queria manter esse benefício para quem ganha em média até dois salários mínimos. Na votação, 345 deputados governistas disseram não e mantiveram a proposta de Bolsonaro de concessão ao abono somente para quem ganha até R$ 1.364,43, o que exclui milhões de trabalhadores do auxílio. Apenas 139 parlamentares votaram a favor dos trabalhadores.
- Cálculo do valor da aposentadoria. O PT propôs manter a fórmula atual, que considera apenas a média dos 80% das maiores contribuições. Maioria governista, no entanto, manteve proposta de Bolsonaro e cálculo se dará em cima de todas as contribuições, inclusive das mais baixas, o que diminuirá bastante o benefício.
- Além disso, maioria bolsonarista comandada por Rodrigo Maia rejeitou também melhorias relativas ao trabalho intermitente,pensão por morte, Benefício de Prestação Continuada (BPC) – pago a pessoas com deficiência e idosos em situação de miserabilidade, dentre outros.
Do Gazeta do Povão