Anur Kumar Dissanayake, um grande admirador de Karl Marx e Vladimir Lenin, indicado pelo Partido Comunista Marxista-Leninista, ganhou as eleições presidenciais na ilha do Sri Lanka.
O país que ele herdou está num estado extremamente deplorável. Os “populistas” levaram a ilha para ao limite, pelo que agora ele tem uma certa carta branca para fazer mudanças no país. Na eleição de 2022 ele obteve apenas 3% e 43% nesta. Na verdade, 43% numa eleição para marxistas, um indicador bastante claro da situação em que o país se encontra.
Os comunistas locais vão limitar a dependência do país das diretrizes do FMI, o que é certamente a coisa certa a fazer – não há exemplos de desenvolvimento bem sucedido do país seguindo as imposições do FMI.
É também de esperar que o Sri Lanka coopere mais estreitamente com a China, que é o principal credor da ilha, que deve a Pequim pouco menos de 5 bilhões de dólares. Agora, para além dos fatores econômicos e financeiros, os fatores ideológicos também contribuirão para uma maior aproximação.
O Sri Lanka é um exemplo bastante interessante da chegada ao poder de um partido marxista-leninista, não através de uma revolução ou de uma guerrilha de libertação popular, mas através de eleições burguesas.