Estupidez: Major Olímpio diz que se professora estivesse armada não teria acontecido

Massacre em escola de Suzano gera comentário estúpido do major Olímpio

fotos

Numa época de perseguição política aos professores devido ao movimento de direita da “escola sem partido”, o major Olímpio, senador eleito por São Paulo, referindo ao massacre da Escola Estadual Professor  Raul Brasil em Suzano, solta a seguinte  pérola:

Se a professora estivesse armada não teria acontecido (o massacre)!

fotos
Senador pelo Estado de São Paulo, major Olímpio

Em resposta a esse disparate  (a melhor por sinal) veio a do Presidente da Câmara, Rodrigo Maia:

– O monopólio da Segurança Pública é do Estado. Não é responsabilidade do cidadão. Já não basta o debate sobre a posse (de armas), mas agora um pedido desses (de porte)… é uma proposta de barbárie… O que eu espero é que alguns não comecem a dizer que se os professores estivessem armados (isso) ia resolver o problema, pelo amor de Deus!

É claro que isso não tem o menor cabimento! Imaginem um professor dando aula com uma arma em cima de sua mesa, um absurdo! Ou a merendeira portando uma AR 15.

Afinal esse pessoal da bancada da bala (melhor seria – bancada da violência) querem transformar a escola em um campo de batalha? Não estão levando em consideração que os alunos maiores de idade também poderá, conforme a visão distorcida da realidade do senador, portar armas. A flexibilização de posse de armas é meio caminho para flexibilização do porte armas … vai ser o bang-bang  institucionalizado.

Por falar em merendeira:

A tragédia de Suzano poderia ter sido muito maior se não fosse a ação de funcionários como a merendeira Silmara Cristina Silva de Moraes, de 54 anos. Em entrevista ao G1, ela conta o drama de quem esteve dentro da escola no momento do crime e explica o que fez para proteger-se a si e cerca de 50 crianças que estavam lanchando quando começou o ataque:

“Nós estávamos servindo merenda e aí começou os pipocos e os alunos entraram em pânico. Abrimos a cozinha e começamos a colocar o maior número de crianças dentro. Fechamos tudo e pedimos para eles deitarem no chão”, declarou aos prantos. “Foi desesperador, porque foi muito tiro, muito tiro mesmo”, disse ao G1.

fotos
Silmara Cristina de Moraes, Foto: Natan Lira/G1

Segundo a funcionária, o grupo de alunos se protegeu atrás de uma barricada levantada por ela e outros colegas com o freezer, a geladeira e mesas. Ela conta que todos ficaram acuados e em pânico, espremidos no local. E acrescenta:

“Se acontecesse alguma coisa, ele ia pegar muita gente”.

Related Posts
Caro Sr. Musk, não precisamos que venha nos dizer como tornar a Europa grande
fotos

A ajuda que a Rússia está oferecendo à Europa faz parte de uma organicidade histórica, cultural e política que não [...]

Alerta vermelho para Lula
fotos

O 8 de janeiro não foi um golpe, mas pode muito bem ter sido um ensaio de revolução colorida da [...]

Um modelo falido
fotos

A cúpula do G20 no Rio de Janeiro foi marcada por muitas negociações, e negociações muito difíceis. O governo brasileiro [...]

O homem-bomba de Brasília e a normalização da loucura
fotos

“Não se contraria doido” é um dito comum no Brasil, e é um dito sensato.

Trump se tornará o coveiro do neoliberalismo. Ou não?
fotos

Americanos se manifestaram contra a turbulência econômica, a migração descontrolada e experimentos malucos

“O Brasil é um país que odeia as mulheres”, diz Manuela d’Ávila
fotos

As mulheres foram alvo de quase metade das ocorrências de violência política entre o fim das eleições de 2022 e [...]

Compartilhar:
FacebookGmailWhatsAppBluesky

Deixe um comentário

error: Content is protected !!