
Do DCM
Em sua coluna desta sexta-feira (04) na Folha, a jornalista Cristina Serra disse que o a desgraça do Brasil é uma obra coletiva de Bolsonaro e seus aliados.
Cristina enfatizou que o perdão ao ato de flagrante indisciplina de Pazuello, em evento com Bolsonaro, fomenta a anarquia no Exército.
“Terá consequências de alto risco para a conjuntura política brasileira”, disse ela.
Confira trechos abaixo:
A indulgência do comandante do Exército, Paulo Sérgio Nogueira, ao ato de flagrante indisciplina do general Eduardo Pazuello, terá consequências de alto risco para a conjuntura política brasileira. Mas não se pode dar a essa decisão a responsabilidade pela instalação da anarquia entre os fardados. Ela fomenta a anarquia, é certo. Mas o caldo da insubordinação começou a ferver faz tempo.
O marco mais explícito da permissividade nos quartéis deve-se a outro comandante da força, o general Villas Bôas, e seu post ameaçando o STF na véspera da votação do habeas corpus de Lula, em 2018. Na campanha daquele ano, militares da ativa engajaram-se com desenvoltura em exércitos digitais, públicos ou não, a favor de Bolsonaro. Como se sabe, em instituição hierarquizada o exemplo vem de cima.