“Traidor” Moreno com medo da revolta popular, foge da capital Quito para Guaiaquil

Moreno está acabado, como se passa como todo traidor mais cedo ou mais tarde. Otto [Sonnenholzner, vice-presidente], jovem desconhecido nomeado pelas elites somente por ser de “bom berço”, não tem nenhuma legitimidade para governar. Ninguém o elegeu. Pensem no Equador e convoquem eleições. Ex-presidente Rafael Correa, no twitter.

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O presidente Lenín Moreno abandonou Quito e refugiou-se com o governo no porto de Guaiaquil, a maior cidade do país, depois que uma revolta popular varreu a capital do Equador.

Os protestos começaram depois que o presidente acertou um tarifaço de “ajuda” de R$ 4,2 bilhões do Fundo Monetário Internacional que prevê arrocho na população através de reformas tributária e trabalhista.

O Equador usa o dólar dos Estados Unidos como sua moeda.

Uma das medidas do tarifaço de Moreno foi aumentar em mais de 100% o preço dos combustíveis, com grande impacto na economia popular, pois reflete no preço do transporte.

O galão do diesel saltou de U$ 1,03 para U$ 2,30, o que equivale a R$ 2,50 o litro. O Equador produz cerca de 500 mil barris de petróleo por dia.

O preço médio do diesel no Brasil estava em R$ 3,67 o litro na última semana de setembro. O Brasil produz cerca de 3 milhões de barris de petróleo por dia.

Nos Estados Unidos, o preço do litro de diesel foi em média de R$ 3,24 na semana passada.  O da gasolina, de R$ 2,88.

Um cálculo baseado em 40 horas semanais de trabalho, “traduzido” em dólares, mostra que o brasileiro recebe cerca de 1,50 por hora, contra 2,50 do equatoriano e 7,25 do norte-americano.

Nos Estados Unidos, se a gasolina bater em 4 dólares o galão o governo perde eleição. Se chegar a 5, tem revolução.

A revolta contra Moreno foi organizada pela Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie).

Mesmo com a decretação de emergência, a revolta popular varreu Quito, tocou fogo em blindados do Exército e queimou instalações militares. Saques já foram registrados em Guaiaquil.

O presidente Moreno, obviamente, culpa o ex-presidente Rafael Correa, que está exilado na Bélgica.

Correa governou o Equador de 2007 a 2017, implementando o que definiu como Revolução Cidadã.

Deu uma guinada à esquerda, fechou a base militar dos Estados Unidos no país e concedeu asilo a Julian Assange na embaixada equatoriana em Londres.

Poderia concorrer a um terceiro mandato, mas escolheu seu ex-vice-presidente Lenín Moreno para sucedê-lo.

Foi traído. Dois pontos cruciais da guinada de Moreno foram refazer as relações com os Estados Unidos e com os barões da mídia equatoriana.

Ele acusou Correa de ser leniente com a corrupção. Em 9 de agosto deste ano, o ex-presidente teve a prisão decretada por supostamente receber suborno num esquema da empreiteira Odebrecht similar ao investigado pela Lava Jato no Brasil.

Toque de Recolher

A Confederação das Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie) rejeitou a aplicação de uma restrição à mobilização de pessoas em algumas áreas do país, no que chamavam de “toque de recolher” que consideravam uma medida ditatorial diante de protestos contra o governo.

Com esses tipos de decisões, o governo demonstra “seu desastre e a incapacidade das autoridades de responder à mobilização social e ao acúmulo de ações de resistência” em todo o país, disse o Conaie em comunicado.

Restringir a liberdade de trânsito

O governo do presidente Lenin Moreno emitiu um decreto na terça-feira restringindo a liberdade de circulação e circulação de cidadãos em áreas próximas a instituições públicas e instalações estratégicas.

O decreto restringe a circulação de pessoas das 20:00 às 17:00, de segunda a domingo, “em áreas adjacentes a edifícios e instalações estratégicas” do Estado.

“Denunciamos a dimensão dessa medida, no estilo de uma ditadura militar, alertamos as organizações internacionais de direitos humanos sobre o que isso pode causar”, denunciou o Conaie.

O movimento indígena também confirmou que manterá a mobilização nacional que realizou desde quinta-feira passada contra a eliminação de subsídios ou auxílios estatais ao preço da gasolina, medida enquadrada em um contrato de crédito com o Fundo Monetário Internacional (FMI) .

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