Agora é a vez da LG fechar fábrica de celulares seguindo caminho das montadoras

O fechamento de mais de mil vagas de emprego, com a desativação da fábrica da LG, se soma à paralisação nas montadoras de automóveis. Levantamento realizado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, divulgado nesta manhã, revela que 29 das 58 fábricas de veículos instaladas no país estão paradas.

LG
A venda de celulares da LG despencou ao longo dos últimos meses, gerando prejuízo bilionário à indústria eletrônica sul coreana

A fabricante sul-coreana LG anunciou, nesta segunda-feira, que abandonou a produção de celulares, em todos os países do mundo, alegando prejuízos acumulados da ordem de US$ 4,1 bilhões ao longo de 23 trimestres consecutivos até o fim do ano passado. A notícia já era esperada pelo mercado, que desde janeiro aguarda o anúncio da empresa.

“Depois de avaliar todas as possibilidades para o futuro do nosso negócio de celulares, o Headquarter Global decidiu por fechar esta divisão a fim de fortalecer sua competitividade futura por meio de seleção e foco estratégico”, afirma a LG Brasil em declaração à imprensa. A empresa continuará a atuar nos segmentos de televisores e monitores, produtos de áudio, eletrodomésticos e soluções telas corporativas.

O fechamento de mais de mil vagas de emprego, com a desativação da fábrica da LG, se soma à paralisação nas montadoras de automóveis. Levantamento realizado pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgado nesta manhã, revela que 29 das 58 fábricas de veículos instaladas no país estão paradas.

Veículos

Segundo a instituição, o motivo é o agravamento da pandemia no Brasil associado a uma crise no fornecimento de componentes. Treze das 26 montadoras de automóveis em atividade no país estão parcial ou totalmente paralisadas, segundo reportagem da agência britânica de notícias BBC Brasil. Parada no Brasil vai na contramão de países como os Estados Unidos, que graças à vacinação massiva da população vem retomando gradativamente as atividades.

Segundo especialistas ligados ao setor automotivo, a paralisação poderá reduzir a produção nacional de veículos em até 300 mil ao longo deste ano. Atualmente, entre 60% 70% dos funcionários diretos ligados à atividade estão em casa.

A Volkswagen foi a primeira montadora a anunciar a suspender as atividades, no dia 19 de março. Em seguida, outras empresas também anunciaram, paralisações. Segundo a Anfavea, até o dia 30 de março as paralisações alcançavam unidades fabris da Mercedes, Renault, Scania, Toyota, Volkswagen, Volkswagen Caminhões e Ônibus, BMW, Agrale, Honda, Jaguar e Nissan. A GM e Volvo reduziram a produção. A Ford encerrou de vez suas operações no Brasil.

De acordo com a Fenabrave, associação que representa as concessionárias, entre janeiro e fevereiro foram emplacados cerca de 339 mil veículos no Brasil, uma queda de 14% sobre o mesmo período de 2020.

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