Carlos Bolsonaro, mais uma vez, aconselhou o pai a partir para o confronto, espalhar ameaças e “fechar” com a base bolsonarista. O discurso de Bolsonaro no Palácio do Planalto nesta quarta-feira tinha as digitais do filho Carlos
O vereador Carlos Bolsonaro, filho “02” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), retomou o controle da comunicação da Presidência da República e orientou a recente radicalização do discurso de Bolsonaro. O vereador passou duas semanas em Brasília, retornando ao Rio na última sexta-feira. O “gabinete do ódio” foi rearticulado e está a todo vapor, segundo apurou a mídia conservadora.
Carlos Bolsonaro, mais uma vez, aconselhou o pai a partir para o confronto, espalhar ameaças e “fechar” com a base bolsonarista. O discurso de Bolsonaro no Palácio do Planalto nesta quarta-feira tinha as digitais do filho Carlos. Jair Bolsonaro atacou tanto o STF como a China e tentou ridicularizar o uso da máscara na pandemia. Na CPI da Covid, nesta terça, o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta citou ’02 ‘ algumas vezes, dizendo que ele participava das reuniões sobre a pandemia no Planalto.
Fake news
Também nesta quarta, Bolsonaro, em linha com a estratégia de Carlos, prometeu um decreto para regulamentar o marco civil da internet, alegando que ele e muitos que o apoiam “são cerceados” – num claro aceno à militância de extrema direita nas redes. Bolsonaro prometeu “liberdade e punições” para quem não respeitar as regras.
O presidente foi ainda mais explícito quanto à ingerência de “02” na comunicação da Presidência e defendeu Carlos e assessores presidenciais que integram o “gabinete de ódio”. Bolsonaro afirmou que eles são “o gabinete da liberdade, da seriedade” e que são “perseguidos”. Após ser investigado na CPMI das Fake News, o grupo pode ser chamado para falar na CPI da Covid.
Bolsonaro afagou abertamente o grupo no discurso: “O meu marqueteiro não ganhou milhões de dólares fora do Brasil. O meu marqueteiro é um simples vereador, Carlos Bolsonaro, lá do Rio de Janeiro”, concluiu.
Fonte: CdB