O chefe de vigilância nuclear da ONU, Rafael Grossi, diz que os combates intensificados em torno da usina nuclear de Zaporoje, na Ucrânia, tornam a situação “imprevisível e potencialmente perigosa”.
As forças ucranianas e russas têm bombardeado as posições umas das outras perto da usina, que fica em território controlado pela Rússia no oblast de Zaporoje, uma das quatro regiões ucranianas que a Rússia anexou oficialmente, embora permaneça contestada no campo de batalha.
“Estou extremamente preocupado com a segurança nuclear muito real e os riscos de proteção enfrentados pela usina”, alertou o diretor da Agência Internacional de Energia Atômica, Grossi, no fim de semana, seguindo uma ordem na sexta-feira do governador regional nomeado pela Rússia, Yevgeny Balitsky, de que os civis devem ser evacuados de 18 assentamentos que estão sofrendo bombardeio ucraniano pesado.
Uma delas — a Energodar — fica ao lado da central, a maior da Europa, e é o local de residência da maioria dos seus trabalhadores, embora estes não tenham sido retirados.
Zaporoje foi citada como uma rota potencial para uma contra-ofensiva ucraniana muito debatida nesta primavera – embora os repetidos apelos da Ucrânia de que está ficando sem munição e documentos secretos vazados da inteligência dos EUA sugerem que seus militares podem lutar para recuperar o território ocupado.