Dallagnol deixa a Procuradoria visando concorrer as eleições

“Não surpreende porque confirma algo que demonstramos reiteradas vezes nos processos, em especial daqueles contra o presidente Lula: o uso da Justiça para atacar adversários com intenções políticas. Isso está, inclusive, em nosso comunicado à ONU sobre as ilegalidades que Lula sofreu”, disse Zanin Martins.

ex-procurador
O procurador Deltan Dallagnol vazava notícias para o site O Antagonista, revelam mensagens trocadas entre ele e o jornalista Diogo Mainardi

Advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Cristiano Zanin Martins não demonstrou qualquer surpresa com a recente filiação do ex-juiz Sergio Moro ao Podemos para disputar a Presidência da República em 2022 e a saída do procurador Deltan Dallagnol do Ministério Público Federal.

— Creio que eu posso fazer mais pelo Brasil fora do MPF — anunciou o procurador.

O caminho provável é uma candidatura a deputado federal ou senador.

— Não surpreende porque confirma algo que demonstramos reiteradas vezes nos processos, em especial daqueles contra o presidente Lula: o uso da Justiça para atacar adversários com intenções políticas. Isso está, inclusive, em nosso comunicado à ONU sobre as ilegalidades que Lula sofreu. A Lava Jato sempre foi uma operação que tinha objetivos políticos e esses movimentos recentes só reforçam, mais uma vez, tudo que dizíamos desde 2016 — afirmou Zanin Martins a jornalistas.

Sanção

A decisão também foi recebida sem surpresa por integrantes do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e da Procuradoria-Geral da República (PGR). Deltan Dallagnol ao deixar a Procuradoria comprova que, para ele, os fins justificam os meios. O agora ex-procurador, no entanto, precisará declinar de recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra punição recebida em 2019. Caso contrário, o processo continuará em aberto. Ou seja, pela tese, para estar na urna, Dallagnol terá de aceitar a sanção de advertência e admitir o erro.

Em um breve resumo de avaliação reservada feita no gabinete do procurador-geral Augusto Aras, Dallagnol “não fará falta porque tem dificuldades em lidar com princípios como o da impessoalidade, da unidade institucional e do respeito ao devido processo legal”.

No site de humor ‘Sensacionalista’, os redatores aproveitaram para fazer piada: “Dessa vez como candidatos, Sérgio Moro e Deltan Dallagnol anunciaram que participarão pela segunda vez das eleições”.

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