As reuniões do Comitê Central do Partido Comunista da China não são para fazer planos. Eles revelam planos há muito amadurecidos. A reunião de quatro dias do Comitê Central que terminou terça-feira ofereceu apenas um esboço de um plano de cinco anos centrado na autossuficiência em alta tecnologia e uma mudança em direção ao mercado interno.
Mas são conhecidos detalhes suficientes sobre as metas econômicas da China para formar o quadro de uma economia taxiando para decolar. Chame isso de salto quântico para a frente.
Embutido no plano de cinco anos está uma teia de novas tecnologias e reformas financeiras projetadas para transformar manufatura, transporte, saúde e finanças, impulsionada por uma indústria doméstica de semicondutores que desafiará o domínio americano no setor. A China já lançou um conjunto de novas tecnologias que o Ocidente ainda não começou a implantar.
Isso inclui sensoriamento remoto de sinais vitais para controle de epidemia, algoritmos de IA (Inteligência Artificial) preditiva para localizar possíveis eventos “super espalhadores”, pagamentos digitais (incluindo uma moeda digital oficial) que substituirão os bancos convencionais e robôs industriais auto programados que podem projetar seus próprios processos de produção.
A vantagem da China sobre o Ocidente, porém, não vem de tecnologia superior. A decolagem econômica da China decorre do que o economista ganhador do Prêmio Nobel Edmund Phelps chama de “florescimento em massa” – a disposição de toda a população de abraçar a inovação. O plano da China vai empurrar novas tecnologias disruptivas para as bases da economia, transformando a vida diária de várias maneiras.