Em editorial, Folha chama Bolsonaro de cretino e chefete obcecado

“Ao investir contra quarentenas, Bolsonaro pretende se eximir de responsabilidade pela recessão inevitável. Na acintosa afronta à autonomia da PF, ambiciona desvencilhar-se de investigações que o envolvem e a seus filhos.”

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Foto: reprodução

O editorial da Folha de São Paulo, não poupou de adjetivos nada abonadores ao ocupante da cadeira presidencial: “Cretino”, “estupido” e “mesquinho”. Faltou fazer a “mea culpa”, ao  apoiar e ao mesmo tempo ter silenciado sobre o passado de Bolsonaro, durante a campanha presidencial. Todo mundo que entende um mínimo e que acompanha a política brasileira sabia de antemão que este sujeito era um desqualificado, incapaz de presidir um “time de futebol de botão”, quanto mais a presidência da República. Agora é tarde! E o estrago está feito na imagem do país perante ao mundo. No campo econômico e social a situação do país é simplesmente uma catástrofe, que com certeza vai custar muitos sacrifícios à população nos pós-pandemia.

Eis alguns trechos do editorial:

“O pedido de demissão de mais um ministro da Saúde —em menos de um mês e durante a mais grave emergência sanitária da história contemporânea— escancara a derrocada de um presidente da República que já nem mesmo finge governar o país.”

Ainda, segundo a Folha, “está em curso, isso sim, a completa e justificada desmoralização do governo nacional, a cada dia nublado pela mesquinharia e pela estupidez de Jair Bolsonaro. Torna-se inimaginável, na Saúde, que algum profissional sério e sensato vá conformar-se a um chefete obcecado com quiméricas cloroquinas e, pior, empenhado numa cruzada macabra contra as imprescindíveis políticas de distanciamento social a custo tocadas por governadores e prefeitos. (…) Sua intervenção cretina na gestão da saúde pouco difere da ingerência na Polícia Federal que pode custar-lhe o mandato. Num e noutro caso, trata-se de colocar a própria sobrevivência acima das políticas de Estado e do interesse nacional”.

“Ao investir contra quarentenas, Bolsonaro pretende se eximir de responsabilidade pela recessão inevitável. Na acintosa afronta à autonomia da PF, ambiciona desvencilhar-se de investigações que o envolvem e a seus filhos.”

Para finalizar: “Com meros 500 dias de mandato, Bolsonaro subtrai opções. Não bastassem as calamidades sanitária e econômica, ele próprio converteu-se em crise a ser enfrentada”.

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