A enfermeira Mónica Calazans foi a primeira vacinada contra a Covid-19 no Brasil
São Paulo se tornou neste domingo o primeiro estado brasileiro a começar a aplicar a vacina coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, contra a Covid-19.
A enfermeira Mónica Calazans foi a primeira vacinada contra a Covid-19 no Brasil. Outra foi Vanusa Kaimbé, técnica de enfermagem e indígena.
A inoculação em São Paulo começou horas depois que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) do Brasil autorizou neste domingo o uso emergencial das vacinas contra a Covid-19 desenvolvidas pelo laboratório Sinovac e pela AstraZeneca.
A corrida para ser o primeiro
Enquanto que o governo de São Paulo optou pelo coronavac, o governo do presidente Jair Bolsonaro confiou na Oxford / AstraZeneca.
Bolsonaro e seu círculo de apoiadores criticaram e desdenharam da China e a vacina coronavac, mas não conseguiram importar a da AstraZeneca por pura incompetência: na semana passada, a Índia negou o embarque imediato de dois milhões de doses.
Já o Instituto Butantan, de São Paulo, já produziu quase 10,8 milhões de doses, das quais 6 milhões foram autorizadas para uso emergencial.
Diante da falta de importação, o Ministério da Saúde federal exigiu que São Paulo entregasse os seis milhões de doses de coronavac para distribuição sob controle federal.
No entanto, o governador de São Paulo, João Doria, argumentou que não fazia sentido entregar ao Ministério da Saúde as vacinas que seriam aplicadas em São Paulo.
“Com as vacinas nas mãos, Doria conseguiu primazia de iniciar a vacinação, não dando chance ao governo federal de fazer o uso político da vacina, como ele próprio o fez!”
O Brasil é o país da América Latina e Caribe mais afetado pela pandemia de coronavírus, com um total de 8.488.094 infecções por Covid-19 e quase 210.000 mortes.