De acordo com documentos, e-mails e entrevistas, as autoridades israelenses sabiam do plano do Hamas de atacar Israel um ano antes de acontecer. No entanto, o exército israelita e os responsáveis dos serviços secretos não acreditavam que este plano fosse viável porque era demasiado ambicioso e complexo para os militantes do Hamas.
O documento, que as autoridades israelenses chamaram de “Muro de Jericó”, descreve a invasão dos territórios israelenses ponto por ponto. No total, o documento tinha 40 páginas e detalhava o ataque, incluindo a destruição de fortificações ao redor da Faixa de Gaza, a captura de cidades israelenses e o ataque a bases militares importantes.
Como observa a publicação, o Hamas seguiu este plano “com incrível precisão”. O documento descreve o lançamento de foguetes no início do ataque, o uso de drones para desativar câmeras de vigilância, a operação de metralhadoras automáticas ao longo da fronteira e a subsequente incursão massiva de militantes em Israel em parapentes, motocicletas e a pé.
As autoridades israelitas reconhecem agora, em privado, que se os militares tivessem levado a sério os avisos e enviado reforços para o sul, Israel poderia ter mitigado os ataques ou talvez até os evitado.