Japão a terra do Sol nascente – Nara

Nara a antiga capital do Japão é uma das cidades que sempre sonhei em visitar, apesar de haver morado durante muito tempo no Japão, ainda não tinha até então a oportunidade de conhecê-la. Mas dessa vez, agora que estou de volta resolvi visitá-la.

De trem da estação Shin-Imamiya em Osaka até estação de Nara são 37 minutos pela linha Yamatoji line da JR com o custo de 560 yenes.

Assim descer da estação pelo lado direito vá andando em direção ao Parque Nara. Ali você faz tudo andando pois, é uma cidade bem pequena, agora se quiser, pode ir de jinrikisha -aquele veículo de tração humana, na praça em frente a estação há desses veículos que transportam os turistas que não gostam muito de andar, porém esse não era o nosso caso.

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O primeiro templo que avistamos foi o belo Kōfuku-ji  que é um complexo de templos budista.  Kōfuku-ji tem sua origem como um templo que foi fundada em 669 pela Princesa Kagami, e é um dos oito Monumentos Históricos da Antiga Nara inscritos na lista de patrimônios mundiais da Unesco.

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O templo possui vários edifícios de grande valor histórico, incluindo um pagode de cinco andares e um pagode de três andares. Com 50 metros, o pagode de cinco andares é o segundo mais alto do Japão, apenas sete metros mais curto do que o pagode de cinco andares do Templo Toji de Kyoto. O pagode de Kofukuji é um marco e um símbolo de Nara. Foi construído em 730 e mais recentemente reconstruído em 1426. 

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Uma atração à parte de Nara são os cervos ou “shikas” – como os japoneses os chamam! Aliás, os shika, são considerados tesouro nacional do Japão, quase que sagrados. Por ali, eles vivem livremente e são bem adaptados entre os humanos.

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Eles são muito dóceis e estão por toda parte e não costumam atacar, mas como não é um animal doméstico, é melhor ter cautela. Não “irrite” o bichinho e tome cuidado com crianças, para que os cervos não as machuquem sem querer.
Atenção também com qualquer comida que você tiver dentro da bolsa e em sacolas. Eles vão atrás da comida e rasgam qualquer tipo de sacola para conseguir comer o que tiver lá dentro. E nem adianta querer brigar com eles. Na verdade, Nara é a casa deles. E nós que estamos lá “invadindo” o espaço.

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Eles são loucos por sembei…”biscoito japonês que tem vários tipos entre doces e salgados”. No trajeto existem várias barraquinhas vendendo esses biscoitinhos, que custam 150 yenes. Porém, um pacotinho é muito pouco, e é impossível resistir os olhares desses animaizinhos pedindo mais um. Alguns cervos mais afoitos puxam nossas roupas pedindo mais um biscoitinho, por isso não se assuste!

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Nara é uma cidade belíssima e com paisagens deslumbrantes!

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Ao entardecer de outono a minha esposa conseguiu captar  um belo reflexo das árvores no lago.

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Uma pausa para beber uma água refrescante direto da fonte.

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Depois de admirar as belas paisagens do parque fomos à caminho do nosso último ponto turístico em Nara – O Templo Todai-ji. Para chegar ao Tempo passamos pelo portão Nandaimon (Great Southern Gate) do século 13, e pelas estátuas gigantes de Nio, deuses benevolentes com aproximadamente 8 metros de altura, que são os guardiões do templo.

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O templo Todai-ji onde o Buda Gigante ou Daibutsu está abrigado é a maior construção em madeira do mundo! O templo começou a ser construído no ano de 745 por ordem do imperador Shomu e foi concluído em 749.

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O chamado Daibutsu, ou Buda de Nara, tem cerca de 14,7 metros de altura e é realmente impressionante o tamanho que tem. O Daibutsu fica sentado em cima de uma flor de lótus, o que representa pureza espiritual. A riqueza e a exuberância dos detalhes deste Buda são muito bonitos.

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Ao lado direito do Daibutsu há a estátua de Niyorin Kannon Bosatsu, considerado “Ser Iluminado”, datado de 1709.

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Koumokuten, um guardião celestial.

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Do lado de fora do salão principal encontramos o Binzuru, uma grande estátua de madeira, em posição de lótus, o mais popular de todos os quatro Arhats (espécie de mensageiro do budismo, que permaneceu na terra a pedido do próprio Buda).

Reza a lenda que se esfregarmos a parte do Binzuru correspondente a uma parte de nosso corpo que esteja enferma, seremos curados. Ele fica envolto em um manto vermelho com capuz.

Durante o ano novo, tangerinas são ofertadas ao mensageiro.

Diz a lenda que o Binzuru foi enviado por Buda à casa de um homem enfermo, que estava sendo vampirizado por espíritos sem luz. As instruções eram simples: expulse os espíritos e não caia em tentação.

Assim o fez o Binzuru. Entretanto, o dono da casa, curado e cheio de gratidão, ofereceu insistentemente ao seu salvador uma bebida. O mesmo resistiu, mas não querendo ser deselegante, terminou por aceitar. O resultado foi que se embebedou.

Sabendo disso, Buda o baniu de sua companhia. Muito arrependido Binzuru seguiu o Buda por todo o país, ouvindo seus sermões. Diante de tamanha lealdade, ele foi perdoado e permaneceu na terra como curandeiro.

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Depois desse pequeno “mergulho” nos simbolismos e a cultura japonesa,  era hora de voltarmos para Osaka.

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Funcionamento: O Templo Todai-ji fica aberto todos os dias do ano

Horários: abril a setembro, das 7h30 às 17h30; outubro, das 7h30 às 17h; novembro a fevereiro, das 8h às 16h30; e março, das 8h00 às 17h

Ingresso: 500 ienes

Acesso de trem: 10 minutos a pé da estação Kintetsu Nara ou 15 minutos a pé da estação JR Nara

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