Ministro da Educação recua e retira slogan de Bolsonaro em carta a alunos

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Ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodriguez – Marcello Casal Jr/Agência Brasil/ND

O ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, não deixou que se completassem 24 horas do polêmico e-mail enviado pelo Ministério da Educação (MEC) às escolas brasileiras, e já recuou, nesta terça-feira (26), quanto a algumas das orientações dadas ao diretores, principalmente às relacionadas ao slogan da campanha de Jair Bolsonaro “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos”. Vélez disse que errou e retirou da carta o slogan de Bolsonaro.

Em nota, o Ministério da Educação (MEC) informou na manhã de hoje (26) que será enviada uma mensagem às escolas com uma nova carta do ministro Ricardo Vélez, sem o slogan da campanha presidencial. Segundo a nota do MEC, a gravação da execução do Hino Nacional deve ser precedida de autorização legal da pessoa filmada ou de seu responsável. Diz ainda que as imagens serão selecionadas “para eventual uso institucional”. O ministro confirmou que a mensagem foi alterada e que o slogan não consta mais na carta. “Eu percebi o erro e tirei essa frase. Tirei a parte correspondente a filmar sem autorização dos pais”, disse o ministro, acrescentando que se algo for publicado será com a autorização dos responsáveis. Ontem (25), em nota, o MEC confirmou que enviou mensagem às escolas brasileiras pedindo que fosse lida, voluntariamente, uma carta de Vélez. Além disso, o ministro pediu, caso desejassem, que estudantes, professores e funcionários cantassem o Hino Nacional. Tudo poderia ser gravado e enviado ao MEC e à Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República. A mensagem do ministro terminava com o slogan de campanha do presidente Jair Bolsonaro: “Brasil acima de tudo. Deus acima de todos!”. Vélez participa nesta terça-feira de audiência pública no Senado Federal. A audiência começou por volta das 11h30. Vélez chegou ao local com antecedência e falou com jornalistas. Em nota, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), que reúne os secretários estaduais, disse que a ação “fere não apenas a autonomia dos gestores escolares, mas dos entes da federação. O ambiente escolar deve estar imune a qualquer tipo de ingerência político-partidária”.

Fonte: Agência Brasil e Último Segundo iG

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