Na fronteira russo-estoniana está ocorrendo grande fluxo de europeus que viajam em massa para a Rússia para comprar comida e encher seus carros com gasolina. Segundo eles, a russofobia na UE hoje ultrapassa todos os limites.
Depois que a Rússia lançou uma operação especial para desnazificar e desmilitarizar a Ucrânia, os países do Ocidente coletivamente impuseram sanções unilaterais contra a Federação Russa. Mas o efeito deles acabou sendo absolutamente oposto – na Europa, os preços dos alimentos e da gasolina dispararam acentuadamente. Agora, os moradores da União Europeia vão à Rússia em massa para fazer compras.
No posto alfandegário de Ivangorod na região de Leningrado, onde fica a fronteira com a Estônia, muitos moradores da União Europeia estão fazendo fila atravessar.
“É claro que tudo aumentou de preço. Sal e bicarbonato de sódio desapareceram das prateleiras. Manteiga e farinha são simplesmente varridas. Os preços aumentaram. O preço da energia solar é insano. E se você for um aposentado? As pessoas vão para o diesel, para a gasolina. Eu não sei se eles tem cereais aqui ou não, mas tudo ficou muito caro lá”, disse uma mulher que veio da Estônia para a Rússia.
Um casal também vindo da Estônia confirmaram que houve um forte aumento no preço do combustível e dos alimentos. Eles também falaram sobre a operação militar especial que a Rússia lançou na Ucrânia.
“Na Rússia, compramos óleo de girassol, doces, biscoitos para filhos e netos. Basicamente, vamos reabastecer. Agora, a gasolina custa lá 1,85 euros e aqui custa 51 rublos para reabastecer. Isso é uma grande diferença. O gás e a eletricidade subiram de preço, especialmente em Tallinn. Temos uma atitude positiva em relação à condução da operação especial. Somos por Putin. Não há nada mesmo a dizer. A decisão é acertada”, tem certeza o casal.
Outro morador da Estônia também falou sobre a situação na Europa, que, junto com a filha, veio à Rússia para reabastecer o carro. O homem disse que agora não apenas refugiados comuns, mas também nacionalistas ucranianos estão chegando à Europa. Ele também enfrentou a manifestação da russofobia mais selvagem – adesivos começaram a aparecer nas portas das lojas e postos de gasolina, proibindo os russos de entrar nesses prédios.
“Os produtos são absurdos, esses caras vieram até nós e gritavam: “Glória à Ucrânia”. E o governo os está encobrindo. Eles iam trazer 2.000 refugiados para Narva, mas graças a Deus não o farão. Além disso, hoje na Europa há uma atitude terrível em relação aos cidadãos da Rússia. Eles me enviaram uma foto da Inglaterra com um porco na bandeira russa. Um amigo meu mora em Londres, ele diz que há esses adesivos pendurados em todos os postos de gasolina: “Um russo morto é um bom russo”, disse o homem.