Wassef, para a ONG, praticou ‘clara conduta de obstrução à justiça’ ao esconder, em sua casa, o ex-policial militar Fabricio Queiroz, assessor do primogênito de Jair Bolsonaro, Flávio, quando deputado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Aler)
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) abriu, na quarta-feira (24), processo contra o associado Frederick Wassef, que atuava para a família do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O processo teve início a pedido da Organização Não Governamental (ONG) Ministério Público de Contas, com apoio do presidente da Ordem, Felipe Santa Cruz.
Para a associação jurídica, Wassef praticou ‘clara conduta de obstrução à justiça’ ao esconder, em sua casa, o ex-policial militar Fabrício Queiroz, assessor do primogênito de Jair Bolsonaro, Flávio, quando deputado na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Queiroz é investigado também por sua participação como operador do esquema financeiro que desviou recursos públicos no escândalo da “rachadinha”. Fabrício Queiroz está preso, incomunicável, desde a última sexta-feira.
Escândalo
Advogado do senador Flávio Bolsonaro até este domingo, Frederick Wassef se perdeu no número de versões divulgadas para explicar a presença de Queiroz em uma residência que teria sido registrada como escritório advocatício. Primeiro, negou, que tivesse liberado o imóvel como esconderijo do suspeito de ser uma alta figura na milícia que age na Zona Oeste do Rio. Depois, alegou ‘questão humanitária’ para abrigar o operador financeiro de Flávio Bolsonaro.
Segundo o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPE-RJ), Queiroz comandava o esquema das “rachadinhas” e, com dinheiro ilícito, pagara contas do primogênito de Bolsonaro. Flagrado em meio ao maior escândalo político do governo atual, Wassef foi afastado do caso.
Fonte: CdB