Perseguição imperialista no esporte: Rússia é banida da Olimpíada

Agência antidoping fecha os olhos para atletas usuários de estimulantes ilícitos de países imperialistas, mas aplica severa punição à Rússia

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Bandeira Olímpica e da Federação Russa. Reprodução.

Numa tentativa desesperada de sobreviver à crise e à própria decadência, o moribundo imperialismo reage agressivamente em todos os terrenos, político, militar, ideológico, cultural. Em todos os quatro cantos do planeta, os povos oprimidos reagem à ofensiva dos inimigos da humanidade, em algumas regiões, inclusive, derrotando esta gigantesca força militar, impedindo a recolonização de povos e nações, que é o objetivo último do imperialismo nesta etapa terminal do seu domínio.

A mais recente investida do imperialismo mundial e das potências ocidentais contra os chamados “inimigos e/ou adversários da democracia” está se dando no terreno do esporte, mais especificamente no esporte olímpico. Em uma decisão sem paralelo, no que diz respeito a punições e sanções aplicadas contra qualquer outro país do mundo, a entidade mundial responsável pela fiscalização e acompanhamento dos casos de doping no esporte, (Wada, na sigla em inglês), a Agência Mundial Antidoping, decidiu, por unanimidade (veja o absurdo), excluir a Rússia de competições oficiais, em consequência – segundo a agência – “da falsificação de dados dos controles entregues à entidade” (Estadão, 09/12).

De acordo com a entidade, a punição e o banimento tem validade por quatro anos, significando, na prática, que o país não disputará os jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, e também os Jogos de Inverno de Pequim – 2022, além de outros grandes eventos esportivos. O caráter draconiano da medida fica explícito quando um dos painéis da entidade sugeriu medidas ainda mais drásticas contra o esporte russo, que serão anunciadas posteriormente.

A outrora União Soviética e sua sucessora, a atual Rússia, foram e são atualmente potências olímpicas de primeira grandeza. O país é colecionador mundial de medalhas de ouro em várias modalidades, particularmente no Atletismo, na Ginástica Olímpica, na Patinação, no Levantamento de Peso, no Boxe, nos esportes coletivos (Vôlei, Basquete, Hoquei, Handebol) e outras modalidades. O socialismo deu grande impulso ao esporte no país, fazendo da ex-URSS e da Rússia, nos dias de hoje, a grande nação do esporte olímpico, não só rivalizando com os Estados Unidos, como ultrapassando os ianques no número de medalhas em diversas edições da mais importante competição olímpica do planeta.

O que se pode depreender da severa e tosca decisão da Agência Mundial Antidoping na punição aplicada à Rússia, é a tentativa não só de criminalizar o país no terreno esportivo, mas desmoralizar o vitorioso e espetacular esporte russo, o mais premiado país do mundo em se tratando de esporte olímpico. O que de curioso fica nesta história é que não há, por parte dos organismos e entidades mundiais que lidam com a “ética e a moral” no esporte, o mesmo tratamento rigoroso e draconiano com atletas representantes de outras nações, como foi o caso do tenista norte-americano Andre Agassi, usuário confesso de estimulantes e drogas ilícitas nas competições oficiais da ATP (Associação Mundial de Tênis).

Não há qualquer dúvida que as sanções ora aplicadas pela Agência Mundial Antidoping contra a maior potência olímpica do planeta se inserem no conjunto de campanhas e da ofensiva imperialista contra os países e as nações que, de acordo com o imperialismo, lhes são ameaçadoras. Reivindicamos a imediata revogação das medidas punitivas contra a Rússia, garantindo o direito legítimo do país em participar de todas as competições (olímpicas ou não) internacionais.

Fonte: DCA

 

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