Todo final de ano sempre ocorre uma enxurrada de exercícios de previsões econômicas, algumas mais sombrias e outras mais otimista, mas tomando como base alguns fatores compilados durante o ano, podemos ter uma idéia do que teremos pela frente.
As perspectivas econômicas para o Brasil e para o mundo em 2024 apontam para uma desaceleração geral do crescimento, em comparação com os anos anteriores. Os principais fatores que contribuem para essa perspectiva são a guerra na Ucrânia, a inflação elevada, os aumentos das taxas de juros e a desaceleração do crescimento chinês.
Brasil
Para o Brasil, as projeções de crescimento em 2024 são de 2,2%, segundo o FMI. Essa desaceleração em relação a 2023 (3,1%) é justificada principalmente pela queda esperada do valor adicionado da agropecuária (-3,2%), penalizada pela adversidade climática.
Apesar da desaceleração, o Brasil deve se manter entre as dez maiores economias do mundo em 2024. O país enfrenta desafios, como a implementação das reformas econômicas e a inflação. No entanto, o Brasil também tem oportunidades, como o reposicionamento das cadeias globais de suprimentos.
Mundo
No mundo, o FMI projeta um crescimento de 2,9% em 2024, bem abaixo da média histórica de 3,8% entre 2000 e 2019. Essa desaceleração é resultado de uma série de fatores, incluindo a guerra na Ucrânia, a inflação elevada, os aumentos das taxas de juros e a desaceleração do crescimento chinês.
As economias desenvolvidas devem crescer 2,6% em 2024, enquanto as economias emergentes e em desenvolvimento devem crescer 3,2%. Os Estados Unidos devem crescer 2,3%, a União Europeia deve crescer 2,7% e a China deve crescer 4,4%.
Os principais riscos para a economia global em 2024 são:
- A escalada da guerra na Ucrânia;
- A inflação persistente;
- Os aumentos das taxas de juros;
- A desaceleração do crescimento chinês.
Se esses riscos se concretizarem, eles poderão levar a uma desaceleração ainda maior do crescimento global em 2024.