O Mamute lanoso começou a desaparecer há 11 mil anos atrás, e o último exemplar da espécie desapareceu da face da terra há cerca de 3,6 mil anos atrás. Quem poderia imaginar que os pesquisadores estão agora muito perto de reviver este animal pré-histórico. No dia 11 de março de 2019 foi publicado os resultados do experimento na revista Scientific Reports.
Em 2010, “Yuka” foi encontrada no permafrost siberiano – trata-se de uma mamute fêmea que morreu com a idade de sete anos, e cuja idade total era é de 28 mil anos. Yuka é a espécime encontrado inteiro mais bem preservada entre todos os mamutes até hoje. As condições do permafrost (solo congelado permanente) são as mais adequadas para a preservação de matéria orgânica, incluindo carcaças de animais.
Pesquisadores foram capazes de obter 88 núcleos de células Yuka, apesar de sua idade geral. Em seguida, o material foi colocado nos óvulos imaturos de camundongos. No final do período de incubação, observou-se a atividade de algumas células de mamute, alguns processos anteriores à divisão foram concluídos (a localização dos cromossomos nas estruturas, a formação parcial dos núcleos, etc.). Porém a divisão celular direta não havia começado.
Os resultados do experimento confirmaram que é possível ativar as células de organismos que foram mortos por um longo período de tempo. Mas esses resultados não são um prenúncio do reaparecimento de mamutes em nosso planeta. Embora o fato da presença de sinais parciais de vida em células implantadas seja considerado um grande avanço no caminho da reativação de células mortas. Esse resultado é superior aos resultados de 2009, quando uma equipe de cientistas utilizou métodos semelhantes para células com 15 mil anos de idade.
É teoricamente possível avançar para os estágios de divisão em uma amostra de células mais bem preservada, mas isso pode exigir tecnologias mais avançadas do que as possuímos atualmente.
As razões para a extinção dos mamutes ainda não estão claras. Os cientistas explicam isso pelo fato de que, no final da era glacial, o clima da Terra mudou. Os habitats desses animais enormes tornaram-se inabitáveis devido ao aumento das temperaturas. A caça ativa de mamutes pelos nossos antepassados também contribuiu para a extinção. A grande maioria dos representantes que viviam nas regiões remotas da Sibéria morreram há cerca de 9,6 mil anos. E os últimos exemplares da espécie entrou em extinção em um período mais recente (1650 aC), eles viveram seus últimos dias na isolada ilha de Wrangel (Oceano Ártico).
A questão atual é a possibilidade de tentar reviver espécies de animais extintas. Muitos acreditam que isso fará mais mal do que bem. Por outro lado, enquanto se debate sobre esta questão, o habitat de muitas espécies modernas está em perigo sob a influência da atividade humana.
Fonte: Ecoserver