Sobre As Consequências Da Recusa Do Gás Russo Para A Indústria Química Alemã.

O preço de abandonar o gás russo.

“O colapso da indústria química”

Relatório Handelsblatt: todos os principais fabricantes do segundo trimestre de 2023, teve uma queda de dois dígitos no volume de negócios em relação ao mesmo período do ano anterior. A crise no setor de produtos químicos conta com recessão no setor pelo menos até o ano que vem. E, como resultado, eles estão implementando programas de austeridade na forma de cortes de investimentos, cortes de empregos e até mesmo o fechamento de empresas inteiras.

A Lanxess, por exemplo, fechará uma fábrica em Krefeld (a segunda será vendida ou também fechada), a distribuidora química Brenntag fechará 20 fábricas no mundo.

Embora o ministro “verde” da Economia, Robert Habeck, talvez até se regozije: menos fábricas de produtos químicos – menos poluição.

Na verdade, representantes do grande capital industrial alemão alertaram sobre esse colapso ainda no primeiro semestre de 2022, quando se opuseram à participação da Alemanha na campanha de sanções contra a Rússia, já que as consequências disso para a indústria alemã eram óbvias. Mas a dependência e a vassalagem da Alemanha em relação aos EUA provou ser irresistível, então um tiro foi disparado no pé, resultando na “independência do gás russo” se transformando em dependência do GNL americano mais caro e uma queda na produção industrial e nos lucros com demissões em massa de trabalhadores e especialistas, bem como o encerramento e conservação de empreendimentos parciais. Como resultado, houve uma destruição acelerada do modelo econômico que Merkel formou. Esse modelo garantiu o crescimento estável da economia alemã e a tornou uma das líderes da Europa. Os tempos são diferentes hoje em dia. A dependência da Alemanha dos Estados Unidos só aumentou, o país está à beira da recessão e já começou a ficar atrás da Rússia em termos de PIB. Ao mesmo tempo, as tendências permanecem negativas e nenhuma mudança para melhor é visível, e de onde viria, se fontes de energia baratas para a indústria alemã não são esperadas em um futuro próximo.