Supremo reconhece a óbvia suspeição de Moro

Moro usou o cargo de juiz para praticar lawfare e promover uma verdadeira cruzada contra o Lula — para acusa-lo e condená-lo sem prova de culpa com o objetivo de retirá-lo das eleições de 2018 e da vida política

moro
Reprodução

Apesar do Supremo Tribunal Federal (STF) adiar, nesta quinta-feira, o julgamento do Caso Lula, o Plenário já havia  formando maioria pela suspeição do ex-juiz Sérgio Moro. Por enquanto, o placar é de sete votos para manter a suspeição de Moro e dois para arquivá-la. A posição do plenário é mais uma vitória do petista no STF, impõe uma amarga derrota à Lava Jato e frustra o relator da operação, Edson Fachin, que havia tentado uma manobra para esvaziar a discussão sobre a conduta de Moro à frente da Justiça Federal de Curitiba.

 Na primeira parte da sessão, por maioria, o STF definiu que a ação contra Lula deverá voltar à Primeira Instância da Justiça Federal de Brasília.

Ficou definido, assim, o foro correto para os quatro processos julgados por Moro em Curitiba e anulados em julgamento anterior. O habeas corpus sobre a suspeição de Moro coube aos advogados de Lula. No pedido argumentam que a decisão tomada pela Segunda Turma seja estendida a três processos remanescentes: dois envolvendo o Instituto Lula e o do ‘sítio de Atibaia’.

O julgamento desta quinta-feira, em nenhum momento, colocou em risco os direitos políticos de Lula que foram totalmente restabelecidos. Para o ministro do STF Gilmar Mendes, no julgamento, a suspeição de Moro era caso superado.

— Essa questão está resolvida. Porque, de fato, nós julgamos o habeas corpus (da suspeição de Moro na Segunda Turma). Nós temos que ser rigorosos com as regras processuais. Não podemos fazer casuísmo com o processo, por se tratar de A ou de B — afirmou o ministro.

A defesa do ex-presidente Lula emitiu uma nota nesta quinta-feira (22) comentando a formação de maioria no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) pela manutenção da decisão que considerou o ex-juiz federal Sergio Moro parcial ao julgar o petista.

Leia, abaixo, íntegra da nota: 

O plenário do STF formou maioria para manter íntegro o julgamento realizado pela 2ª Turma que reconheceu que o ex-juiz Sergio Moro quebrou a regra de ouro da jurisdição: agiu de forma parcial em relação ao ex-presidente Lula.

Como dissemos desde a primeira manifestação escrita, em 2016, Moro usou o cargo de juiz para praticar lawfare e promover uma verdadeira cruzada contra o Lula — para acusa-lo e condená-lo sem prova de culpa com o objetivo de retirá-lo das eleições de 2018 e da vida política.

O ex-presidente Lula lutou pelo cumprimento do devido processo legal durante mais de cinco anos, período em que sofreu 580 dias de prisão ilegal e toda espécie de perseguições e constrangimentos irreparáveis.

É uma vitória do Direito sobre o arbítrio. É o restabelecimento do devido processo legal e da credibilidade do Judiciário no Brasil.

Related Posts
Embaixadas europeias violaram a soberania nacional do Brasil
fotos

A difusão do espanhol facilitaria o intercâmbio cultural, político, econômico e em todos os âmbitos com nossos vizinhos. Falando espanhol, [...]

Eleição! Temporada 60: Tramas implausíveis e distrações dramáticas
fotos

Garantir que apenas candidatos aceitáveis ​​para as elites concorram, mesmo que pareçam desonestos e menos aceitáveis ​​do que a opção [...]

Monetização do YouTube põe em risco soberania brasileira
fotos

O simples fato de os brasileiros gastarem tanta energia nas redes sociais, achando que isso é política, já é um [...]

As eleições, a guerra e o PCP
fotos

Salazar mandava: “a pátria não se discute”; o regime de democracia liberal ordena: “a OTAN e a Ucrânia não se [...]

Delação de assassino de Marielle joga luz sobre as relações das milícias com autoridades
fotos

A morte de Marielle teria sido encomendada pelos Brazão por causa de sua atuação nas comunidades, em especial em Jacarepaguá

Os judeus e o comunismo na cultura brasileira
fotos

Mesmo com toda a romantização do Holocausto e com uma intensa presença da esquerda na vida cultural, as questões do [...]

Compartilhar:

Deixe um comentário

error: Content is protected !!