
O anúncio oficial que Gustavo Bebianno deixará o governo Bolsonaro é um fato consumado. Porém, muitas “peças desse caótico xadrez do desgoverno” movimentaram durante o final de semana para evitar esse desfecho, a ponto de ministros e parlamentares espalharem a notícia de que ele ficaria e que seria colocado um colar elisabetano no Carlos Bolsonaro “Pit bitoca”. Saíram todos derrotados e incapazes de selar um acordo que pudesse apaziguar os ânimos dentro do governo.
É bem verdade que nesse imenso laranjal do PSL (Partido Só Laranja – segundo a definição do deputado do PSOL Glauber Rocha), há muito mais história do que somente a história dos laranjas pernambucanos de Luciano Bivar, e o “negócio eleitoral” de Bebbiano. Para quem está habituado nos bastidores da política, sabe que o PSL que antes da campanha presidencial era minúsculo, é não passava de uma legenda de aluguel, e que rolou muita grana para viabilizar a candidatura “fake” do Bolsonaro. É também notório que há várias facções de oportunistas do medíocre governo Bolsonaro, engalfinhando entre eles e contra sobretudo com o grupo da “creche presidencial”.
Grupo mais racional composto por militares, e alguns parlamentares tentaram uma solução menos traumático passando pelo afastamento dos filhos do planalto. Não houve exito!
O fato é que Bolsonaro apesar conseguir afastar Bebianno e manter a influência dos filhos criou uma situação em que mesmo vencendo, fez perder à todos, inclusive ele mesmo.
Contam os historiadores, que na antiguidade, na vitória na Batalha de Ásculo, quando lhe deram os parabéns pela vitória conseguida a muito custo sobre os romanos, diz-se que o rei Pirro respondeu com estas palavras:
Mais uma vitória como esta, e estou perdido!
Texto adaptado do Tijolaço