“Bolsonaro é um idiota. Essa questão está pacificada no mundo todo”, Leandro Fortes.

psicopata
“Bolsonaro é um idiota. Essa questão está pacificada no mundo todo”, Leandro Fortes

por Arialdo Pacello(*)

Hoje os comentários sobre Bolsonaro são de natureza psicológica e psiquiátrica. Não vou me ocupar dos seus aspectos morais, como, por exemplo, “rachadinhas”, mansão luxuosa de Brasília, adquirida por R$ 6.000.000,00, acusação de ligações com milícias criminosas, conchavos com parlamentares corruptos, a família inteira militando no baixo clero da política há cerca de 30 anos, aproximação com latifundiários e grileiros de Ronaldo Caiado e Tereza Cristina (DEM), apoio a madeireiros e a mineradores ilegais, gente que invade terras indígenas. Nem mesmo vou tratar dos laços estreitos com a FIESP/CNI, de Paulo Skaf,  e com os empresários mais ricos e gananciosos do Brasil, segundo a Forbes.

Analisando o comportamento de Bolsonaro, o senador Tasso Jereissati, em entrevista à TV Cultura SP, em janeiro de 2021, disse que “O problema de Bolsonaro é psiquiátrico, não político. Perdi completamente a expectativa de regeneração do Bolsonaro. Tenho dúvida até sobre seu equilíbrio mental“.

Estou repassando um vídeo de apenas 3 minutos, o qual recebi do culto, lúcido, esclarecido e preparado correspondente baiano Reginaldo Costa Leite. Trata-se de uma recente entrevista de Marta Suplicy à TV Cultura de São Paulo. É muito interessante vê-la na íntegra (o link está mais adiante). Dela extraí as seguintes afirmações:

Bolsonaro é um psicopata” (Marta Suplicy, em entrevista à TV Cultura de SP, abril de 2021).

“A psicopatia é impenetrável a tratamento. Ele tem todos os indícios do psicopata. Não vou dizer todos, mas apenas alguns:
– Empatia – Esse homem não tem empatia. Ele não sofre com o sofrimento alheio.
– É extremamente vaidoso – Só pensa nele.
– [É intolerante] Ele não suporta alguém que discorde dele. Já pensa em eliminá-lo [e o elimina sempre que pode. Os exemplos são muitos].
– É compulsivo. Fala qualquer coisa que lhe vem à cabeça. Não tem controle nenhum, nem das consequências.
– Ele tem uma coisa muito séria da psicopatia: não sente culpa. Qualquer pessoa normal se arrepende de algum erro cometido. E pede desculpas. Ele, não. Ele se acha absolutamente certo.
– Tem uma crueldade muito grande. É maligno mesmo! Tem satisfação com a dor alheia. Isso o nutre.
– É inseguro. Quando mais fica inseguro, mais ele humilha, mais fala bobagem.
– Tem paranoia muito forte. Não é uma psicopatia simples. Vê coisas onde não existem.
– Tem focos anais…”

Aqui está o link, são apenas 3 minutos, vale a pena ver: https://www.youtube.com/watch? v=iq_HayFJl30

Muitíssimo interessante são as semelhanças que se pode identificar entre as declarações do senador Tasso Jereissati, as da ex-senadora Marta Suplicy e de pensadores do mundo jurídico, científico e jornalístico. Todos têm relação espontânea com o que foi dito no relatório produzido por seus superiores hierárquicos do Exército, tratando do militar Jair Bolsonaro, na década de 1980. Tudo comprova as palavras de Marta Suplicy: “A psicopatia é impenetrável a tratamento”. O homem não mudou nada desde a avaliação dos oficiais superiores do Exército, na década de 1980, até os dias de hoje:

“Bolsonaro era agressivo e tinha excessiva ambição”, diz ficha militar.

“Documento sigiloso produzido pelo Exército na década de 1980 mostra que oficiais superiores do hoje presidenciável Jair Bolsonaro (PSC) o avaliaram como dono de uma excessiva ambição em realizar-se financeira e economicamente” (UOL/Folha, 2018).

“Segundo a ‘Ficha de Informações’ produzida em 1983 pela Diretoria de Cadastro e Avaliação do Ministério do Exército, Bolsonaro, na época tenente com 28 anos de idade, deu mostras de imaturidade ao ser atraído por empreendimento de garimpo de ouro. Necessita ser colocado em funções que exijam esforço e dedicação, a fim de reorientar sua carreira. Deu demonstrações de excessiva ambição em realizar-se financeira e economicamente”.

“Segundo o coronel Pellegrino, Bolsonaro tinha permanentemente a intenção de liderar os oficiais subalternos, no que foi sempre repelido, tanto em razão do tratamento agressivo dispensado a seus camaradas, como pela falta de lógica, racionalidade e equilíbrio na apresentação de seus argumentos”.

“Nunca pude suportar Jair Bolsonaro”, disse o coronel Jarbas Passarinho sobre Bolsonaro em 2011. E completou: “Já tive com ele aborrecimentos sérios. Ele é um radical, e eu não suporto radicais, inclusive os radicais da direita. Só não perdeu o posto de capitão por causa de um general amigo”.

“Jair Bolsonaro é um mau militar”, general Ernesto Geisel, em 1993.

“Esse governo é um show de besteiras”, afirmou o general Santos Cruz, em junho de 2019.

“Jair Bolsonaro precisa entender que um presidente da República não pode falar em público, principalmente em uma entrevista coletiva para a imprensa, como se estivesse em uma conversa de botequim. Ele fez comentários impróprios e sem nenhum embasamento e fez ataques inaceitáveis não somente a mim, mas a pessoas que trabalham pela ciência desse País” (Ricardo Galvão, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, em 22.07.2019).

“Bolsonaro vive alucinado nas trevas”, afirma Miguel Reale Júnior, coautor do texto que pediu o impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

“Bolsonaro é um idiota. Acho que essa questão está pacificada no mundo todo” (Leandro Fortes, para “Jornalistas pela Democracia”, agosto/2019).

“É patológica a compulsão de Bolsonaro pelas ditaduras e sua admiração ilimitada pelos regimes tirânicos, como o de Pinochet”, diz a jornalista Miriam Leitão, de O Globo, que considerou desumana a fala de Jair Bolsonaro em que ele exaltou o assassinato do pai de Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile.

“[O ministro do STF] Marco Aurélio Mello propõe uma solução heterodoxa para evitar falas desse tipo de um presidente: ‘No mais, apenas criando um aparelho de mordaça’, disse o ministro” (UOL, 30.7.2019)

Mordaça para animais, segundo o Houaiss: “Focinheira utilizada para cães bravios, agressivos e descontrolados, para evitar que mordam as pessoas”.

(*)Arialdo Pacello, advogado, funcionário aposentado do Banco do Brasil

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