Empresário e “Cidadão de bem” que não quis usar máscara em hipermercado e provocou morte de funcionária é fabricante de agrotóxicos
As cenas tomaram as redes sociais nesta terça-feira (28): o empresário Danir Garbossa, de 58 anos, morador de Contenda, entrou num supermercado de Araucária, município vizinho na região metropolitana de Curitiba, e se recusou a utilizar a máscara para proteção ao contágio do coronavírus, que foi oferecida pelo fiscal. Em seguida, após se recusar iniciou uma confusão e agrediu o fiscal com um soco. Minutos depois, enfrentou um segurança e tentou tirar sua arma, na confusão, o disparo acertou Sandra Ribeiro, de 44 anos, funcionária da rede Condor, que tentava separar a discussão. Após ser atingida ela corre para fora da loja e morre.
Garbossa é dono de uma empresa de agrotóxicos, a Gota Ltda, ou Gota Agróleo, junto com o filho homônimo. Ele é o sócio-administrador. A empresa com capital social de R$ 2,5 milhões foi fundada em 17 de abril de 1988 no bairro Lagoa das Almas, em Contenda, com a “fabricação de defensivos agrícolas” como atividade principal. Entre as outras atividades estão a fabricação de adubos, fertilizantes e desinfetantes.
A Vítima
Sandra tinha 45 anos e morreu no local da confusão, registrada na terça-feira (29), em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba. A vítima cuidava dos filhos e dos pais que possuem idade avançada. Ela era responsável por toda a renda da casa.
Silêncio
O segurança Wilhan Pinheiros Soares, de 27 anos, que efetuou os disparos dentro de um hipermercado em Araucária, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), pagou na quarta-feira (29) a fiança estipulada de R$ 10 mil, ele responderá ao processo em liberdade.
Já Danir Garbossa, o cliente do supermercado que motivou a confusão por estar sem máscara de proteção pelo coronavírus, também foi preso, e por orientação de seu advogado ficou em silêncio durante o interrogatório, na tarde da quarta-feira (29), de acordo com o delegado. Ele deverá continuar preso, porque não foi arbitrada fiança.