Os últimos meses de sua vida, o famoso filósofo e matemático francês René Descartes passou em Estocolmo. Ele se mudou para a Suécia por vontade própria e a convite da jovem governante do país – a rainha Christina.
Não quer dizer que estava muito ansioso pela mudança – na verdade o cientista está muito cansado da perseguição constante devido ao pensamento livre. No início, ele estava recebendo “muita visita dos jesuítas” em sua casa, e foi por isso que Descartes foi morar na Holanda.
Porém, os sacerdotes protestantes não eram muito mais tolerantes que os católicos. Tendo vivido na Holanda por duas décadas, ele decidiu partir para a Suécia. Na Holanda Descartes durou tanto tempo em grande parte graças ao apoio do príncipe Moritz de Orange.
Mas, como se viu, a mudança para a Suécia foi fatal para o cientista. Em primeiro lugar, ele não estava acostumado a invernos tão rigorosos. Em segundo lugar, a rainha Christina, apesar de ser uma mulher educada, tinha lá suas esquisitices. Ela respeitava muito Descartes, mas obrigava o cientista a ir em seu palácio elaborar seus estudos na madrugada.
Estes passeios na geada da manhã não foram em vão. O cientista pegou um resfriado, que se transformou em pneumonia. Dez dias depois, René Descartes faleceu …
É verdade que alguns pesquisadores apresentaram uma outra versão para sua morte. Os sintomas de sua doença pareciam envenenamento por arsênico. E os agentes jesuítas podiam fazê-lo – dizem eles, temiam que Descartes pudesse interferir na conversão da rainha Christina ao catolicismo.
Sendo verdade ou não, Christina em 1654 renunciou ao trono e se converteu ao catolicismo.