Globo e Folha vão parar de cobrir reuniões de Bolsonaro

Durante suas reuniões informais, Bolsonaro discursa, insulta e faz gestos obscenos contra jornalistas e seus apoiadores hostilizam frequentemente os repórteres

cercadinho

Os meios de comunicação durante os anos que o PT estava no poder, deturparam, desinformaram e atacaram o governo de todas as formas. E foram sobretudo arautos da Lava Jato na sanha persecutória ao PT e seus dirigentes, agora estão colhendo e que plantaram.

Os dois dos principais veículos de comunicação brasileiros anunciaram na segunda-feira que vão parar de cobrir as reuniões informais do presidente Jair Bolsonaro no “cercadinho do planalto”, devido ao assédio de seus apoiadores e falta de segurança. Os jornalistas, diferente dos governos anteriores, que apesar de ataques e manipulações, sempre foram tratados com respeito e tinham local adequado para executarem seus trabalhos, não tiveram o mesmo tratamento neste governo. Foram humilhados e condenados a ficar num local reduzido lado a lado com os apoiadores do fascista, como gado, mendigando informações!

Agora, o grupo Globo e o jornal Folha de São Paulo acusam a segurança presidencial de não fornecer proteção adequada aos jornalistas que cobrem a agenda do presidente.

Durante suas reuniões informais, Bolsonaro discursa, insulta e faz gestos obscenos contra jornalistas e seus apoiadores hostilizam frequentemente os repórteres.

Em carta dirigida ao Ministro de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, a Rede Globo, principal conglomerado de mídia do país, destacou que os profissionais que cobrem o Palácio da Alvorada sofrem “insultos e gritos” de “militantes” do presidente e não há condições para “Segurança para trabalho jornalístico”.

“Todos os dias, nossos jornalistas sofrem inúmeros insultos e gritos dos apoiadores do presidente, sem nenhuma segurança para eles”, disse o vice-presidente do Grupo Globo, Paulo Tonet Camargo, em uma carta enviada ao ministro da Segurança Interna anunciando o decisão.

Por seu turno, o jornal Folha garantiu que os comentários e eventos desta segunda-feira no palácio presidencial levaram o conselho a tomar medidas semelhantes às da Globo.

“O jornal só retomará a cobertura neste local quando a segurança de nossos jornalistas for garantida pelo palácio presidencial”, afirmou.

Outras mídias brasileiras e a imprensa internacional estão avaliando a mesma decisão da Globo e da Folha.

A Associação Brasileira de Jornalistas Investigativos (Abraji) condenou o ataque e apontou que “a deterioração da liberdade de imprensa, promovida por autoridades eleitas e funcionários públicos, é um sério risco para a democracia”.

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