Parentes das vítimas da ditadura uruguaia apoiam a demissão do comandante do Exército

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Documentos revelaram que comandante militar admitiu haver desaparecido com o corpo de Gomensoro. | Foto: desaparecidos.org.uy

A Procuradoria Especial de Crimes contra a Humanidade pediu para reabrir o caso de Roberto Gomensoro, cujo corpo foi jogado nas águas do rio Negro em 1973.

A organização Mães e Familiares de Presos e Desaparecidos de Uruguai apoiou a decisão do presidente Tabaré Vázquez para demitir o comandante do Exército José González por omitir a confissão do ex-militar José Nino Gavazzo no caso do desaparecimento e morte de um tupamaro.

Em um comunicado, a organização nesta segunda-feira solicita a “resposta rápida” do presidente Vazquez e espera que o Senado vai agir em conformidade.

O Presidente Vazquez, também decidiu aposentar o Chefe da Defesa, Alfredo Erramun tendo solicitado a aprovação do Senado para promover a aposentadoria compulsória dos generais Claudio Romano, Carlos Sequeira, Alejandro Salaverry e Gustavo Fajardo.

Gavazzo confessou perante a Corte Militar sua responsabilidade no desaparecimento e morte do guerrilheiro Tupamaro Roberto Gomensoro em 1973, ano em que se iniciou a ditadura cívico-militar do país, que durou até 1985.

Os fatos vieram à tona depois que o The Observer publicou a ata do Tribunal de Honra – cuja decisão foi aprovada pelo Poder Executivo -, documentos que incluíam uma confissão de Gavazzo na qual ele admitiu ter jogado no Rio Negro, no centro de Uruguai, o corpo de Gomensoro.

Todos os demitidos das forças armadas eram membros do Tribunal de Honra do Exército uruguaio.

Especializado em crimes contra a humanidade o promotor, Ricardo Perciballe, pediu ao Tribunal para reabrir o caso de Gomensoro depois de ter sido torturado no Grupo de Artilharia No. 1 de La Paloma, Montevidéu, e mais tarde seu corpo jogado nas águas do Rio Preto na barragem Rincón del Bonete.

“Os membros do Tribunal não acharam que estes crimes prejudicaria a honra das forças armadas, e não levaram a frente estas relevantes declarações à justiça”, sendo essa sua obrigação, diz o texto de Mães e Familiares de Desaparecidos.

A organização também entende que para nomear o novo comandante-em-chefe “deve-se levar em conta a sua posição no período de terrorismo de Estado”, e deve ser obrigado a condenar explicitamente crimes contra a humanidade.

Além disso, o grupo acredita que “os oficiais e os soldados deve ser reduzido ao mínimo necessário” deve ser modificado seus currículos e suas tarefas têm de “cumprir rigorosamente o que é ditada pela Constituição.”

Os ex-oficiais militares Gavazzo, José Ricardo Árabe, Silveira e Gilberto Vázquez já foram condenados por outros crimes durante a ditadura.

Do Telesur

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