Rússia cria grupo de países para atuar contra planos de intervenção na Venezuela

Segundo Lavrov, Moscou espera que esse grupo em questão consiga atrair um apoio considerável de outros membros, já que o objetivo dessa mobilização é extremamente simples.

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Rússia cria grupo de países para neutralizar possível intervenção dos EUA na Venezuela

A Rússia está criando um grupo de países na Organização das Nações Unidas a fim de conter os planos norte-americanos de uma possível intervenção na Venezuela, conforme anunciou nesta quinta-feira o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov.

– Estamos mobilizando um grupo de países que, assim como nós, respeitam a Carta da ONU, para neutralizar esses planos –  disse o chanceler ao ser questionado pela imprensa sobre a reação russa diante de uma possível invasão dos Estados Unidos à Venezuela.

Segundo Lavrov, Moscou espera que esse grupo em questão consiga atrair um apoio considerável de outros membros, já que o objetivo dessa mobilização é extremamente simples: “defender as normas e os princípios fundamentais do direito internacional, fixados na Carta da ONU”.

No último dia 30, o líder opositor Juan Guaidó convocou a população venezuelana para um grande ato nas ruas de Caracas, a fim de tomar o poder das mãos do presidente Nicolás Maduro. Em seu chamado, Guaidó declarou que estaria respaldado pelo apoio de uma parte importante das Forças Armadas, o que se revelou inverídico. Tais ações elevaram o clima de tensão no país sul-americano, levando a duros confrontos que, até o momento, já deixaram ao menos quatro mortos, 230 feridos e 205 detidos, segundo um escritório local de defesa dos direitos humanos.

Guaidó

Após a tentativa fracassada de derrubar o governo de Nicolás Maduro, o opositor venezuelano Juan Guaidó “agora vale mais morto que vivo não apenas para a CIA”, mas também “para sua própria gente da oposição”, disse o analista Daniel McAdams.

O diretor executivo do Instituto Ron Paul para a Paz e a Prosperidade, Daniel McAdams, falou no programa Liberty Report sobre as tentativas fracassadas de Guaidó de derrubar o governo de Nicolás Maduro com a ajuda de Washington. Paul tem estado preocupado com a possibilidade de que o país latino-americano mergulhe em uma onda de violência em grande escala em caso de qualquer provocação.

– Se houver uma [operação de] bandeira falsa ou se matarem algum funcionário importante de algum dos lados, não é possível dizer o que poderia acontecer –alertou Ron Paul.

O especialista apontou que o próprio Guaidó, com seu histórico de não ter conseguido mobilizar o protesto contra o governo de Maduro, poderia ser alvo desse tipo de provocação.

McAdams explicou que o líder da oposição “tem sido uma espécie de figura desventurada até agora”, no sentido em que “chama a protestos em massa e ninguém aparece”.

– Não acredito que neste momento ele se dê conta que, na realidade, agora ele vale mais morto do que vivo, não só para a CIA, mas também para sua própria gente da oposição – advertiu o diretor.

Em 30 de abril, o líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino do país, lançou a chamada Operação Liberdade para retirar Nicolás Maduro do poder. Em um vídeo publicado no Twitter, Guaidó aparece ao lado de militares e do líder oposicionista Leopoldo López, que estava preso desde 2014 e foi libertado pelos rebeldes, na base aérea de La Carlota, em Caracas. Guaidó pede uma “luta não violenta”, diz ter os militares do seu lado e afirma que “o momento é agora”. Maduro, por sua vez, afirmou que os principais comandantes militares mantêm a lealdade ao seu governo e pediu a “máxima mobilização popular para assegurar a vitória da paz”.

Fonte: Sputnik\CdB

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