Bolsonaro e Queiroga cometerão crime se vacina infantil não for obrigatória, diz jurista

Obrigatoriedade da vacina é determinada pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e é declarada constitucional pelo STF

presidente e capacho
“Não basta dizer se é contra ou a favor”, disse especialista, sobre declarações iniciais de Marcelo Queiroga

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde Marcelo Queiroga estarão cometendo crime de improbidade administrativa caso não implementem a vacinação obrigatória contra a covid-19 para crianças de 5 a 11 anos. Toda vacinação infantil (0 a 12 anos), quando recomendada por autoridades sanitárias, como a Anvisa, passa a ser obrigatória. É o que prevê o artigo 14 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

“O ministro da Saúde e o presidente da República podem responder por improbidade administrativa, porque é dever dos agentes públicos cumprir as leis vigentes. A decisão do governo de que a vacinação não é obrigatória afronta os direitos das crianças”, disse à RBA o advogado Ariel de Castro Alves. Desse modo, segundo Ariel, Bolsonaro e Queiroga deveriam responder judicialmente. “Porque o ministro não age como técnico ou médico, mas como capacho do presidente. Assim, terão de responder por improbidade administrativa por não cumprir a lei”.

Membro do Instituto Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ariel disse que as escolas devem pedir aos pais comprovante de vacinação das crianças. “Se as crianças não estiverem vacinadas, os dirigentes das escolas precisam alertar os familiares sobre a necessidade e obrigatoriedade de vacinação. Se os pais, mães ou responsáveis não apresentarem a comprovação de vacinação, os conselhos tutelares devem ser comunicados. Portanto, é como ocorre com relação às demais vacinas infantis.”

Bolsonaro e Queiroga à margem da lei

O Supremo Tribunal Federal já declarou constitucional a exigência de vacinação obrigatória da população. Recentemente, em julgamento de Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 6586 e 6587), o STF deixou claro que campanha de vacinação em massa é importante para proteger toda a coletividade. Em especial aqueles em situação de maior vulnerabilidade.

A determinação do ECA e a decisão do STF embasaram apoio do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais do Ministério Público dos Estados e da União (CNPG) à Anvisa. A manifestação do CNPG foi logo depois de a agência recomendar a vacina Comirnaty, da Pfizer, em 16 de dezembro.

Fonte: RBA

Related Posts
Embaixadas europeias violaram a soberania nacional do Brasil
fotos

A difusão do espanhol facilitaria o intercâmbio cultural, político, econômico e em todos os âmbitos com nossos vizinhos. Falando espanhol, [...]

Eleição! Temporada 60: Tramas implausíveis e distrações dramáticas
fotos

Garantir que apenas candidatos aceitáveis ​​para as elites concorram, mesmo que pareçam desonestos e menos aceitáveis ​​do que a opção [...]

Monetização do YouTube põe em risco soberania brasileira
fotos

O simples fato de os brasileiros gastarem tanta energia nas redes sociais, achando que isso é política, já é um [...]

As eleições, a guerra e o PCP
fotos

Salazar mandava: “a pátria não se discute”; o regime de democracia liberal ordena: “a OTAN e a Ucrânia não se [...]

Delação de assassino de Marielle joga luz sobre as relações das milícias com autoridades
fotos

A morte de Marielle teria sido encomendada pelos Brazão por causa de sua atuação nas comunidades, em especial em Jacarepaguá

Os judeus e o comunismo na cultura brasileira
fotos

Mesmo com toda a romantização do Holocausto e com uma intensa presença da esquerda na vida cultural, as questões do [...]

Compartilhar:

Deixe um comentário

error: Content is protected !!