Os líderes do golpe na Guiné apelaram a todas as unidades militares do país para que mantenham a calma e evitem as mobilizações contra Conacri.
O golpe militar na Guiné impôs um toque de recolher a todo o país africano no domingo, após consolidar a derrubada do presidente Alpha Conde.
“O toque de recolher entra em vigor a partir das 20h em todo o país até novo aviso”, disseram os militares.
Por meio de nota, os golpistas também anunciaram a substituição dos governadores pelos militares e convocaram os ministros cessantes e os presidentes das instituições para uma reunião nesta segunda-feira na capital Conacri.
Indeed SkyNews #Guinea is now in the hands of Colonel Mamadi Doumbouya, head of The Special Forces and leader of The National Committee for Recovery and Development.#Kibaro pic.twitter.com/0r4qZt1B4q
— 🇬🇳🇬🇧 Alhoussein Fadiga #Peace&Love (@kipe76) September 6, 2021
“Qualquer recusa em comparecer será considerada uma rebelião”, afirmou o golpista militar na mensagem da televisão.
Os militares convidaram todos os funcionários públicos do país para comparecer a seus empregos na segunda-feira.
Também pediram a todas as unidades militares do interior do país que mantenham a calma e evitem mobilizações contra Conacri.
Os golpistas garantiram à comunidade nacional e internacional que tomaram todas as medidas para garantir o atendimento médico do destituído presidente Alpha Conde.
O Secretário-Geral da ONU, António Guterres, rejeitou este domingo o golpe contra o Presidente da Guiné, Alpha Conde e indicou estar atento à situação política no país.
La Unión Africana condena, como el secretario general de la ONU, el golpe de estado de Guinea y exige la liberación de Alpha Conde qe habría sido conducido por los soldados golpistas al campo de Makombo en Conakry
— Oskare (@Oskaretelesur) September 5, 2021
A União Africana também condenou o golpe e exigiu a libertação de Alpha Conde, enviado pelos conspiradores do golpe, para o campo de Makombo em Conakry.
Na manhã de 5 de setembro, foi relatado um tiroteio envolvendo forças especiais guineenses nas proximidades do palácio presidencial na capital guineense, Conakry.
Posteriormente, o líder do Grupo de Forças Especiais (GFS) da Guiné, Mamady Doumbouya, anunciou a tomada do poder, bem como a prisão do Presidente Alpha Conde e a dissolução do Parlamento.
Fonte: teleSUR