Apesar de Jair Bolsonaro afirmar nesta segunda-feira (16/09) que pretende comparecer à abertura da Assembleia Geral das Nações Unidas, na terça feira (24/09), mesmo com restrições médicas após sua cirurgia no dia 8, nos bastidores do governo a torcida é para que ele não compareça. O temor é que ocorram protestos devido as queimadas na Amazônia, como também a crise diplomática com a França, devido as ofensas de Bolsonaro à Brigitte Macron e a ex-presidente do Chile Michelle Bachelet.
Historicamente, o Brasil sempre faz o primeiro discurso nas Assembleias, é uma tradição que vem desde 1947.
“Eu falei há um tempo atrás que iria de qualquer maneira, nem que fosse de cadeira de rodas. Isso será possível. Já comecei a rascunhar o discurso, um discurso diferente dos que me antecederam”, disse Bolsonaro na última segunda-feira.
A ênfase em afirmar que irá discursar na Assembleia não passa de uma bravata, na verdade, Bolsonaro é um sujeito limitadíssimo e covarde. Ele irá fugir da ONU, assim como fugiu de todos os debates no segundo turno da eleição presidencial com Fernando Haddad, pois não tem nada a dizer e nem mesmo capacidade para ler quanto mais para escrever um discurso, pois é vazio de idéias.
Os bolsonaristas e o Itamaraty que temem a ida de seu “mito” para passar vexame na ONU, podem respirar aliviados, pois no final irá prevalecer a versão oficial do motivo de sua ausência – “a série de restrições médicas impostas a Bolsonaro após a última cirurgia.”
Aliás, foi muito providencial essa “cirurgia”! O mundo agradece, pois estará livre de escutar suas boçalidades.