Caso se concretize nas urnas o resultado das pesquisas, que apontam Joe Biden com 50% das preferências dos eleitores, enquanto Trump tem apenas 41%, o que Biden poderia fazer para reverter os insucessos de seu antecessor?
Análise
Para responder essa pergunta é preciso fazer uma breve retrospectiva do governo Trump e suas atrapalhadas que não foram poucas.
Com os resultados da pesquisas que lhe são desfavorável, o inferno astral de Donald Trump não cessa, dessa vez com a prisão de seu guru Steve Bannon, por desvio de dinheiro em crowdfunding para construção do muro na fronteira com o México, vem abalar mais ainda a cambaleante campanha de reeleição.
Internamente, Trump já havia sofrido enorme desgaste com o assassinato de George Floyd em maio, o qual gerou uma onda de protesto poucas vezes vistas no EUA. Como não bastasse, durante os protestos em Washington, Trump teve fazer uma fuga humilhante da Casa Branca.
Um outro escândalo que abalou a confiança em Trump, foi sua intenção em fazer uma troca de Porto Rico pela Groenlândia, logo depois que Estado Associado sofreu uma enorme destruição devido ao furacão Maria em 2018.
Coronavírus
Trump de acordo com muitos cidadãos americanos “falhou em seu dever mais básico para a nação: Ele falhou em nos proteger. ”
No princípio ele tentou minimizar a pandemia, e ao mesmo tempo defendia tenazmente o uso da hidroxicloroquina e chegou ao absurdo de sugerir injetar detergente nas veias para cura da doença.
Política externa
Na política externa, Trump também colhe enorme derrota. Na Síria ele se associou aos Curdos, o que irritou profundamente o presidente da Turquia, Recep Erdogan, já com enorme desconfiança dos americanos desde que Barack Obama tentou derrubá-lo apoiando um golpe militar.
No Afeganistão, Trump havia prometido retirar as tropas, também não avançou muito para tirar os EUA desse enorme atoleiro. Trump pode ser um idiota em outros assuntos, mas, como empresário, sabe que o Afeganistão é um buraco sem fundo em relação aos gastos de guerra.
Na pressa, ele um presidente do partido republicano, procurou fazer acordo com Taliban, grupo esse tachado de terrorista, motivo que levou George W. Bush, também republicano, invadir o Afeganistão, na operação contra o Terror. Lembrando que Bush filho tinha a retórica de sempre afirmar que jamais negociava com terrorista.
Sinal de fraqueza
Antes de Trump os EUA tinha uma política de jamais negociar e sim mandar tropas, isso significa que os EUA não são mais tão poderosos que se imaginava para impor suas vontades.
Como no caso da Venezuela, a invenção de um político obscuro como Guaidó, e o patrocínio de umas séries de tentativas de golpes fracassados foi um exemplo das derrotas recentes.
Com a Coréia do Norte, foi outro fracasso na diplomacia americana. Trump não só não conseguiu desarmar o país, como também, as sanções comerciais impostas não surtiram nenhum efeito. E a Coréia do Norte segue como uma nova potência nuclear de fato.
Outros países, mesmo aqueles que não são potencias mundias, mas exatamente o Irã, que é uma potência regional desafia abertamente os americanos, seja no envio de petroleiros para Venezuela, até o bombardeio de uma base militar americana no Iraque, em resposta ao assassinato do general Qasem Soleimani, algo impensado poucos anos atrás.
Sanções comerciais e fim da hegemonia do dólar
As sanções comerciais contra a Rússia, China, Turquia, Irã e a Venezuela entre outros só reforçam a convicção e o desejo desses países afetados, em construir alternativas ao dólar como moeda de reserva internacional.
Com aliados, Trump também causou desgastes devido sua política protecionista, com a França de Macron, e a Alemnha de Merkel e também com a Itália.
Seja como for, a vitória de Biden, possivelmente não será suficiente para reverter a rápida decadência que Trump impôs aos EUA, seja no campo econômico ou militar.